27 junho 2010

Metrópole


Prédios são pedras,
entulho é cidade
E os homens,
que do pó vieram
ao pó voltaram

25 junho 2010

Baia do Seixal #2 Pescador

24 junho 2010

Baia do Seixal #1

19 junho 2010

Vou me armar e sair. Mal sei o que me espera e os riscos que corro. Até

16 junho 2010

Partir do cais

Abandonar o cais, navegar em aguas bravas. Lá vou eu sem saber o que me espera alem do horizonte.
Sonhei dia e noite com uma ilha perdida e deserta, onde a solidão é plena. Lá, em noites de chuva e frio posso chorar alto, sem preocupaçoes, na minha cabana de folhas largas. Sem ter que pensar nos que pensam, posso me preocupar em ser livre.

14 junho 2010

Um salve à evolução!



Para quebrar a monotonia uma dose de cor.
Para quebrar a rotina, um rabo-de-gado com movimento, dinâmica e ação! 
Vou dar um rolé outside toca rumo asterisco com escala em xís.
Que Eu esteja comigo e me proteja, coloque um pé frente outro e decida meu caminho.
Proponho um brinde ao progresso e um salve à evolução!
Sorte pra nós, e que venha a vida!

13 junho 2010

Promessa


Me disseram que era boa mas não fiquei convencido. Sendo assim vou aos poucos desistindo como faço com tudo, vou aos poucos esquecendo a máquina na mesa de cabeceira, e essa foto também não me é útil como estimulo para manter promessa em pé. Prometi fotografar mesmo quando não conseguisse nada de jeito, e continuar a fotografar mesmo sabendo que não nasci para isso. Deixo para amanha, me falta vontade de sair por ai. Hoje tenho receio de não cumprir o que prometi para mim mesmo, e esse texto é a única prova.
Essa foto também é a prova do receio de não conseguir cumprir uma promessa, não a minha,mas a da criança. Sei por que vi e ouvi!


04 junho 2010

Codigo-mensagem explicativa


Na vida continuo em buscas de respostas simples para perguntas impossíveis de serem assim, tão simples de responder. Entender o presente como produto do passado, projetar o futuro com base no mal entendido presente, para mim é tarefa que exige mais do que posso dar.

O tempo se esconde na sombra, o dia nasce e no relógio os ponteiros estão parados, o sol não sobe ao cimo do teto celestial, é sempre manhãzinha.Olho fixamente e vejo que falta as dimensões abstraídas do meu mundo, no real. É na estática visão que encontro a real código-mensagem multi dimensional e mentalmente maleável, que explica razoavelmente o sentido do ontem, hoje e do amanhã.

Assim, caio em idolatria. Me engano conscientemente, e consciente me deixo enganar. Ver o mundo assim é falsear a realidade. As imagens são interpretativas e mesmo assim tento me convencer que são reflexo fidedigno do real.

02 junho 2010

Árvore

Já faz algum tempo e nem tudo mudou para melhor. Andei perdido, e continuei a caminhar quando já estava longe e não sabia o caminho de volta. Inconseqüente, fui sempre em frente, sem pensar no regresso, sem me preocupar com o distanciamento e com o cansaço. Passei por ruas estreitas, becos, guetos, saltei muros, atravessei parques, a pontes e o rio, então sentei na areia da praia. Era madrugada fria e adormeci. Amanheceu, novo dia, dia nublado. Caminhando de volta para casa me vejo na beira da estrada: estatico, preso, inerte ao sabor do tempo, estava triste, decadente. Penso: "Sou eu ali visto por mim. Sou eu aqui a olhar para mim", continuo. Já tive flores e folhas verdes, hoje sou o que resta depois do fogo passar. Preto, branco e cinzas.


01 junho 2010

Na praia, o peixe na areia





Deslocado, tresloucado. Sinto saudades do meu mar salgado e frio, sinto falta de nadar na minha onda e no meu cardume ser só mais um peixe.

Há angústia quando o meio não é o nosso. Fora da minha casa, longe do meu país, distante da minha vida, me sinto alheio ao mundo, solitário sob um sol escaldante em uma praia abafadiça. Quando se desconhece o ambiente à nossa volta, nos conhecemos melhor, olhamos para dentro num exercício de autoconhecimento, provamos da incerteza, do medo, do pânico. O instante que precede o desespero é profundamente introspectivo e fotográfico, e ainda mais intenso que a própria manifestação física do desespero. A lembrança desses momentos é para mim como fotografias do sentir, retratos precisos e marcantes da natureza humana, impossíveis de serem apagados ou esquecidos.

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